A Polícia Civil de Brotas prendeu no domingo, 21, dois funcionários da Fazenda Água Sumida após nova denúncia de maus tratos aos búfalos que estão no local. Ambos passaram por audiência de custódia na tarde da segunda-feira, 22, foram liberados e irão responder em liberdade. De acordo com a denúncia, os funcionários não estavam dando aos animais acesso a água e a alimentos e estariam impedindo a entrada de voluntários no local para prestar atendimento aos animais. Os funcionários confirmaram a denúncia. A prisão foi determinada pelo delegado Douglas Amaral Brandão, que tem sido considerado um grande aliado dos voluntários e protetores de animais que estão atuando na defesa dos búfalos e cavalos vítimas de maus-tratos que estão na fazenda.

No sábado, dia 20, protetores de animais e representantes de ONGs protestaram na praça Amador Simões contra decisão judicial que devolveu a tutela dos búfalos vítimas de maus-tratos ao proprietário da fazenda, que já havia sido preso e multado em mais de R$ 2 milhões.

A decisão, dada pela juíza Marcela Machado Martininano, na quinta-feira, 18, retirou a tutela provisória dos animais da ONG Amor e Respeito Animal (ARA), que havia sido concedida por um período de 15 dias pelo juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo, em 11 de novembro.

Dentre as determinações, a nova decisão judicial devolve ao proprietário da fazenda Água Sumida, Luiz Augusto Pinheiro de Souza, a tutela e a responsabilidade sobre cerca de mil búfalos.

Após a Justiça determinar que a tutela dos búfalos encontrados em situação de abandono voltasse para o antigo dono, famosos como Luana Piovani, Luísa Mell e Xuxa Meneghell, protestaram pelas redes sociais contra a decisão.

Abandono: No início do mês, a Polícia Ambiental recebeu uma denúncia e flagrou 335 vacas e 332 bezerros, todos do gênero bubalus (búfalo-asiático) em situação de abandono. Mais de 30 animais foram encontrados mortos no local. Muitos estavam atolados em lama e tiveram que ser içados. Grande parte dos animais são fêmeas prenhas e se encontravam doentes ou com inanição e desidratação. O proprietário do local afirmou que não teve condições financeiras para tratar dos animais em razão da pandemia.

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