Eliesio Marubo, procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja)

O procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliesio Marubo, declarou à Agência Brasil nesta segunda-feira, 27, que, apesar da cobiça, o Vale do Javari, onde reúne a concentração de indígenas isolados do mundo, nem sempre foi uma região ameaçada pela violência.

Segundo ele, por volta do fim de 2009, a Polícia Federal (PF) não só atuava mas, também, trabalhava com uma equipe de inteligência do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis na região.

Nesse período, conforme ressaltou, foi uma época de paz, por muitos anos.

Apesar do sentimento de paz levado à região pela Polícia Federal, Eliesio lembrou que, mesmo assim, havia um clima de hostilidade, por conta dos trabalhos que a Univaja e que o sertanista Bruno, assassinado brutalmente com o jornalista britânico Dom Phillips, correspondente do jornal britânico The Guardian, em junho de 2022, era uma pedra no sapato os interesses os mais diversos.

“Hoje, uma comitiva de primeiro e segundo escalão do governo inicia força-tarefa no território, a fim de restabelecer a sensação de guarida e cooperação entre o Poder Público e os povos que habitam o local”, destaca.

Participam do grupo representantes dos ministérios dos Povos Indígenas, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e Cidadania, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Também confirmaram presença o Ibama, a PF, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional e o Ministério Público Federal (MPF).

Artigo anteriorBBB23: Bruna dá tapa em Amanda após briga e brothers pedem expulsão
Próximo artigoSete pessoas foram presas durante partida de futebol na zonas leste de Manaus