O deputado Serafim Corrêa (PSB) criticou a operação da Polícia Federal que destruiu cerca de 131 balsas do garimpo ilegal no rio Madeira, próximo ao município de Autazes, no último fim de semana.

Serafim disse que, ao atear fogo nas balsas, a Polícia Federal acelerou o processo de contaminação por mercúrio na bacia do rio Madeira.

“É preciso dar uma solução sem violência. Por fogo nas balsas foi o pior caminho. O mercúrio usado pelos garimpeiros foi todo para o fundo do rio com a explosão das balsas. Esse mercúrio vai refletir no ecossistema do rio”, comenta.

O mercúrio é um metal que emite gases poluentes  que contaminam a água, os peixes e a vida aquática. Rejeitos da extração mineral vão parar nos peixes que alimentam as populações ribeirinhas e as cidades de Manaus e Rondônia.

“Os garimpeiros estão em cidades como Novo Aripuanã, Borba, até mesmo em Humaitá, dizendo que eles são brasileiros, que querem trabalhar e que o Estado não lhe dá oportunidade e sem oportunidade eles foram para o garimpo. Esse é um quadro muito delicado, social, econômico, ambiental, e que precisa ser trabalhado com inteligência e não com violência”, avaliou.

Entenda o Caso

Há pelo menos 15 dias, garimpeiros instalaram aproximadamente 300 balsas ao longo do rio Madeira (AM), a cerca de 110 quilômetros de distância de Manaus, para exploração massiva de ouro.

A demora das autoridades federais em reagir ao movimento de balsas de garimpeiros no Rio Madeira, na Amazônia, resultou na dispersão de grande parte das embarcações clandestinas que ficaram paradas.

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