Veja – As autoridades suecas anunciaram nesta terça-feira, 19, o arquivamento da investigação sobre uma acusação de estupro contra o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange.

A vice-diretora do Ministério Público sueco, Eva-Marie Persson, justificou a decisão dizendo que as “evidências foram consideravelmente enfraquecidas” devido ao tempo decorrido desde os acontecimentos há 9 anos. “Em uma situação como essa, a investigação deve ser descontinuada, e foi isso que aconteceu”, afirmou.

A promotoria da Suécia começou a investigar o caso após duas mulheres terem denunciado que foram abusadas sexualmente por Assange, quando o australiano estava de passagem pela capital Estocolmo em 2010.

Assim que a Suécia pediu sua prisão para as autoridades britânicas em 2012, Assange recebeu asilo político do Equador e se refugiou na embaixada equatoriana no Reino Unido.

Morou por sete anos na representação diplomática quando, em abril deste ano, o presidente do Equador, Lenín Moreno, revogou o asilo e entregou o australiano à autoridades em Londres. A Justiça britânica o sentenciou a 50 semanas de prisão por não pagar uma fiança em 2012.

Assim que Assange foi expulso da embaixada e preso pelos policiais, a Suécia reabriu as investigações que estavam congeladas desde 2012.

O fundador do Wikileaks atualmente está preso pela polícia londrina aguardando o julgamento de extradição para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de conspiração e espionagem por ter invadido computadores do governo e ter publicado informações confidenciais no WikiLeaks em 2010.

Apesar de ainda não ter sido indiciado formalmente, outra acusação que pesa sobre Assange é a de ter roubado os e-mails da democrata e candidata à Presidência Hillary Clinton em 2016. Alguns democratas acusam o jornalista de usar as informações para sabotar a campanha, mas o australiano nega essas afirmações.

A audiência que decidirá se Assange será deportado para os Estados Unidos ocorrerá no início de 2020.

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