Conhecido por dar calote em bares e restaurantes de oito estados, Ruan Pamponet Costa, de 28 anos, já foi condenado por não pagar a conta de R$ 2,2 mil em um estabelecimento comercial de Caldas Novas, cidade turística no sul de Goiás, a 170 km da capital. De acordo com o processo, na época, ele disse que seu irmão chegaria para pagar o valor, o que não ocorreu.

A calote foi em 2018, durante o evento sertanejo Caldas Country, que atrai público de todo o Brasil.

Na decisão, a Justiça de Goiás condenou Ruan Pamponet a 1 ano e 10 meses de prisão pelo crime de estelionato e ao pagamento de multa. A juíza Nunziata Stefania Valenza Paiva proferiu a sentença em dezembro de 2019, um ano depois do crime. Após a repercussão dos casos, ele passou a ser conhecido como “playboy do golpe”.

Entretanto, a pena foi convertida em duas medidas alternativas: comparecer a todas as audiências da Justiça e não cometer novos crimes. Além disso, foi determinado que ele pagasse o valor da conta ao bar.

Segundo a denúncia, Ruan se apresentava como jogador de futebol para mostrar que teria dinheiro para pagar as contas de consumo com valores altos. Essa foi a estratégia usada por ele no golpe em Caldas e também no Distrito Federal, em abril de 2019.

Em Goiânia, no último dia 18 de abril, ele chegou a fingir passar mal para não pagar uma conta de R$ 6 mil. Foi liberado após ficar preso por três dias. Em Palmas (TO), em 21 de abril, voltou a ser detido em seguida por suspeita de praticar o mesmo golpe.

Caso em 2018

No caso de Caldas Novas, de acordo com o Ministério Público, ele foi a um bar da cidade, em dezembro de 2018, acompanhado de cinco pessoas e pediu combos de uísque, vodka, cerveja, além de outros produtos. O garçom adiantou que era preciso pagar adiantado.

No entanto, Ruan teria dito que estava acompanhado de seus quatro seguranças e um motorista. Ele ainda teria mentido que era um jogador do Goiás e que havia acabado de ser contratado para jogar no exterior. Por fim, alegou que o irmão dele, que estava no Caldas Country, chegaria para pagar a conta.

Enganou garçom

Em depoimento, o garçom do Boullevard contou que a história relatada por Ruan dava a entender que ele era uma pessoa rica e que teria condições de pagar a conta. Contudo, depois de consumir os combos de bebidas, o cartão de crédito de Ruan não passou, e o irmão dele não chegou para pagar. A Polícia Militar foi chamada já de madrugada, por volta das 3h, e Ruan foi levado para a delegacia.

O Metrópoles não conseguiu confirmar se os R$ 2,2 mil foram pagos ao estabelecimento até a o momento em que publicou esta reportagem nem obteve retorno do advogado Clevison Ezequiel da Silva, que representa Ruan em alguns dos processos por estelionato. O espaço segue aberto para manifestações.

Série de golpes

Ao longo de sua jornada, Ruan já conseguiu acumular pelo menos 40 registros de golpes em bares, restaurantes, motéis e motoristas de táxi em oito estados. A última prisão aconteceu em Palmas (TO), onde está preso desde o último dia 21.

Além de Goiás, há registros contra Ruan em Brasília, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Tocantins. (Metrópoles)

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