Autazes – Por Elcimar Freitas – O município de Autazes está em festa desde ontem com a realização de duas Audiências Públicas promovidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) onde a empresa Potássio do Brasil apresentou as autoridades e ao público presente no Ginásio Juca Siqueira, localizado à Rua Francisco Rodrigues o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) referentes ao licenciamento ambiental de uma mina subterrânea para a exploração de silvinita no município (a 112 quilômetros em linha reta de Manaus).

Nesta quarta-feira (25) a estrutura montada na sede do município irá a Vila de Urucurituba, no Centro Social João Soares Ferraz, localizado à Rua José Rodrigues Braga, à margem do Rio Madeira, onde a Potássio do Brasil apresentará o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) referentes ao licenciamento ambiental de uma mina subterrânea para a exploração de silvinita, aos moradores da comunidade.

As audiências públicas são requisitos obrigatórias ao processo de licenciamento ambiental deste tipo de atividade econômica, em cumprimento à Lei Estadual de Licenciamento Ambiental (Lei 3785,12) e Resolução Conama Nº 001/86.


Moradores de Autazes compareceram em grande número a audiência pública

Este licenciamento inaugura um novo momento no licenciamento ambiental do Amazonas, pois é totalmente diferente dos licenciamentos até então ocorridos, uma vez que boa parte do projeto é subterrâneo, a 800 metros de profundidade e extensão de 130 quilômetros quadrados.

Melhora na economia

De acordo com o prefeito de Autazes José Thomé Filho a realização das audiências públicas é um importante fato para a economia não somente do município como para o Amazonas.

Para o prefeito Thomé Filho dentro de três anos a empresa irá começar a extração do minério

Thomé disse que a exploração de silvinita visa fomentar uma cadeia produtiva de fertilizantes à base de cloreto de potássio (KCL) para baratear o custo da produção agrícola no Estado do Amazonas e por ser uma atividade pioneira no licenciamento ambiental do Estado.

“O importante para nós hoje com esse projeto que já é uma realidade é trazermos para o nosso município para qualificar nossos jovens o Cetan, UEA e UFAM”, disse Thomé, afirmando que assim amanhã os filhos de Autazes serão todos aproveitados tecnicamente pela Potássio do Brasil, que não precisará buscar esses profissionais fora do Amazonas.

O prefeito disse ainda o projeto que hoje já é uma realidade e que em 2016 já começa a implantação e dento de três anos a Potásio do Brasil já estará fazendo extração e deverá gerar em Autazes cerca de três mil empregos.

Um sonho realizado

Na audiência pública onde estiveram presentes várias autoridades de Autazes e onde também estava a nova presidente do IPAAM, Ana Eliza Aleixo, o secretário estadual de Meio Ambiente, Antonio Stroski, o secretário de Produção Rural, Sidney Leite e os deputados estaduais Augusto Ferraz (DEM) e Sinésio Campos (PT), feliz por ter um sonho de 12 anos realizado.

Deputado Sinésio Campos, há 12 anos fala do projeto da silvinita

Sinésio há 12 anos encampou a luta da silvinita, que foram descobertas pela Potássio do Brasil na Bacia do Amazonas e estão situadas em profundidades que variam de 680 a 1.000 metros e apresentam teores médios de 33 a 40% de cloreto de potássio (KCl). No depósito de Autazes, as reservas geológicas já são superiores a 600 milhões de toneladas.

“Pra mim que acreditei e apostei nesse projeto desde 2003 é uma satisfação pessoal. Eu sempre disse que a Amazônia, não é apenas clorofila, não tem somente o verde, tem o amarelo, que são as riquezas que estão em baixo de nossos pés que podem ser retiradas desse subsolo para melhorar a vida de todos que habitam esse solo”, declarou o deputado que é presidente da Comissão de Minas, Gás e Energia da Assembleia Legislativa do Estado.

De acordo com Sinésio Campos, Autazes, agora é de fato e direito a terra do leite e do potássio. “Para se produzir o leite é necessário o potássio”, brincou o deputado, afirmando ter a certeza de que Autazes em breve será um dos municípios mais prospero do Amazonas.

“Quantas vezes fui chamado de louco por dizer que tinha minério e sal de potássio porque aqui há anos já tinha sido um oceano. Mas hoje fica comprovado que não sou louco, aqui existe potássio”, afirmando que tem um sonho realizado e comprovando ainda que não abraçou a causa não apenas um projeto político, se fosse já teria acabado nos primeiros quatro anos. “Há doze anos eu sonho com isso”, acrescentou.

As jazidas

As jazidas descobertas até agora pela Potássio do Brasil na Bacia do Amazonas estão situadas em profundidades que variam de 680 a 1.000 metros e apresentam teores médios de 33 a 40% de cloreto de potássio (KCl). No depósito de Autazes, as reservas geológicas já são superiores a 600 milhões de toneladas.

A Potássio do Brasil está trabalhando com uma meta de produção anual mínima de dois milhões de toneladas de Cloreto de Potássio e início de produção no primeiro trimestre de 2018. A demanda de potássio prevista para essa época é da ordem de 6 a 8 milhões de toneladas por ano e, desta forma, toda a produção deverá ser destinada ao mercado interno brasileiro.

José Jacob Fanton, é o diretor de exploração da Potássio Brasil

A Companhia destaca a localização da Jazida de Autazes, em uma área com excelente infraestrutura, a uma distância de apenas 112 km de Manaus, como fator positivo no investimento, além da disponibilidade de mão de obra qualificada e potencial de energia, agora conectada ao sistema nacional integrado.

Para o setor agrícola brasileiro, a vantagem é o desenvolvimento e melhorias nas rotas de exportação na Região Norte que irão representar custos significativamente mais baixos para aquisição e transporte do potássio para os centros consumidores da região, que devem utilizar pelo menos 50% do que está sendo previsto para o consumo nacional. Atualmente, o mercado brasileiro importa mais de 90% do potássio utilizado na produção agrícola.

Utilidades

A silvinita é um dos principais minérios evaporíticos de potássio. O principal uso dos sais de potássio é na agricultura, onde eles fornecem um dos três elementos nutrientes mais importantes, essenciais para o desenvolvimento das plantas. Mais de 95% da produção mundial de potássio são usados como fertilizante. Várias aplicações industriais, incluindo a manufatura de vidros especiais, sabões e detergentes, absorvem o restante da produção.

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