O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Alfredo Menezes, não é tão valente como tenta demonstrar todas as vezes que se reporta, ferinamente, cheio de ranço, a seus adversários políticos, à exemplo do senador Omar Aziz, um de seus alvos preferidos.

A julgar pelo conteúdo de áudios vazados que contaminaram as redes sociais, com ataques explícitos ao deputado Alberto Neto e ao prefeito David Almeida, Menezes demonstra ser um falastrão – não sustenta o que diz.

No áudio, Menezes fala que o deputado é um vagabundo, sem valor moral, safado e outros adjetivos próprios e convenientes ao sabor amargo do militar reformado, líder da direita conservadora do Amazonas.

O day after, entretanto, é diferente. Menezes deixa o tom ameaçador, e se transforma num homem dócil e bem comportado.

“Eu entendo que vivemos em um país democrático e todos têm o livre arbítrio de emitir suas opiniões. Não tenho problema com ninguém. Quando me pronuncio, uso minhas redes sociais e não preciso de interlocutores para dizer o que eu penso. O que nós queríamos já conseguimos que é unir os movimentos que apoiam a reeleição do presidente Bolsonaro”, minimiza.

Nada do que escreveu na condição de líder da “direita conservadora”, todavia, muda o que falou (ouça áudio) de Alberto Neto. No áudio, além de pretencioso, Menezes não esconde o seu despreparo para o Senado da República como é o seu desejo maior.

“A minha guerra com o Alberto Neto é que se ele estivesse ficado comigo (nas eleições de 2020) quem sabe o prefeito (de Manaus) teria sido outra pessoa, só isso. Eu achei sacanagem dele entrar sabendo que não ia ganhar a eleição para competir os votos do mesmo nicho”

Sobre a gravação da conversa vazada, afirma Menezes do pedestal de sua prepotência

“Algum criminoso pegou e gravou uma conversa privada, repleta de força de expressão e deve tê-las vendido para algum “agiota político”. Nesse meio eu não círculo”.

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