Anunciados no início de junho, os testes da vacina da Covid-19 começaram em São Paulo. No final de semana, foram iniciadas as triagens de pelo menos 200 voluntários; e a aplicação da vacina ChAdOx1 nCoV-19 deve começar até esta quarta-feira (24), segundo a Fundação Lemann. As informações são de Folha de S. Paulo.

A fundação, responsável por custear o estudo da vacina em São Paulo, informou também que o Crie (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) da Unifesp já está funcionando. O centro é onde serão conduzidos os testes.

A vacina, que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, está na terceira fase de testes, que significa que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento.

Para esta fase, serão chamados profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, uma vez que estão mais expostos à contaminação. Além disso, é necessário ter entre 18 e 55 anos —gestantes não devem participar.

Os voluntários precisam ser soronegativos, ou seja, não ter contraído a doença anteriormente, pois estudos mostram que essas pessoas já desenvolveram uma imunidade para o novo coronavírus. Cerca de 2.000 testes sorológicos serão realizados pelo grupo Fleury, segundo anúncio realizado nesta segunda-feira (22).

A Unifesp comunicou, por meio de nota, que a partir desta segunda-feira aqueles que tenham sorologia negativa estarão aptos para a aplicação da vacina.

Em um comunicado publicado no site da universidade, Lily Yin Weckx, investigadora principal do estudo, explica que o mais importante é que essa etapa de estudo seja realizada neste momento em que a curva epidemiológica ainda é ascendente e os resultados para a vacina podem ser mais assertivos.

A articulação para a vinda dos testes ao Brasil também contou com a ajuda de Sue Ann Costa Clemens, diretora do Instituto para a Saúde Global da Universidade de Siena e pesquisadora brasileira especialista em doenças infecciosas e prevenção por vacinas, envolvida no estudo.

A vacina de Oxford assumiu a dianteira na corrida por uma solução para a pandemia de Covid-19 e foi a primeira a atingir uma escala relativamente grande.

Assim, poderá fornecer lições sobre a natureza do coronavírus e sobre as reações do sistema imunológico que poderão informar os governos, doadores, empresas farmacêuticas e outros cientistas que buscam uma imunização.

No Brasil, 2.000 pessoas devem participar —1.000 em São Paulo e 1.000 no Rio de Janeiro, onde o teste será conduzido pela Rede D’Or São Luiz e Instituto D’Or (Idor).

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