DUBAI (Reuters) – A morte de todos os líderes norte-americanos não seria suficiente para vingar o assassinato pelos Estados Unidos do principal comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, há dois anos, disse um comandante sênior da Guarda Iraniana nesta quarta-feira.

Os Estados Unidos e o Irã chegaram perto de um conflito total em 2020 após a morte de Soleimani em um ataque de drone dos EUA no aeroporto de Bagdá e a retaliação de Teerã ao atacar bases dos EUA no Iraque.

“O mártir Soleimani foi um personagem tão grande que, se todos os líderes americanos forem mortos, isso ainda não vingaria seu assassinato”, disse o comandante sênior da Guarda Revolucionária (IRGC) Mohammad Pakpour, segundo a mídia estatal iraniana.

“Devemos vingá-lo seguindo o caminho de Soleimani e por outros métodos.”

O governo do então presidente dos EUA Donald Trump disse que Soleimani foi alvo por planejar futuros ataques aos interesses dos EUA e porque ele ajudou a coordenar ataques às forças norte-americanas no Iraque no passado por meio de milícias.

Os comentários de Pakpour ocorrem dias depois que o general do Exército dos EUA Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, disse que não apoia a remoção da Força Quds do Irã, um braço de sua Guarda Revolucionária, de uma lista de organizações terroristas estrangeiras, conforme exigido por Teerã para a retomada de um acordo nuclear de 2015.

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